Em 9 de setembro celebramos o Dia do Administrador, uma data que vai além da simples homenagem a uma categoria profissional. Ela nos convida a refletir sobre o papel estratégico que os administradores exercem no desenvolvimento econômico, social e humano do Brasil.

A escolha da data não é aleatória: foi em 9 de setembro de 1965 que entrou em vigor a Lei nº 4.769, que regulamentou a profissão de administrador no país. Desde então, consolidou-se uma trajetória de valorização da gestão como ciência aplicada, capaz de transformar realidades e impulsionar organizações públicas e privadas. Hoje, são mais de 400 mil administradores registrados em todo o território nacional, segundo dados do Conselho Federal de Administração (CFA).

Ao contrário do que muitos imaginam, a administração não se resume a gerenciar planilhas, conduzir reuniões ou elaborar relatórios. A profissão envolve planejamento estratégico, análise de riscos, organização de processos, liderança de equipes, gestão de recursos e tomada de decisão baseada em dados. É a aplicação prática do conhecimento que permite que negócios prosperem, instituições públicas funcionem de forma eficiente e que organizações do terceiro setor multipliquem seu impacto positivo.

Pode parecer que a administração está restrita às paredes das empresas ou aos gabinetes de gestão pública. Mas, na prática, todos sentimos sua presença diariamente.

Quando um hospital consegue atender mais pacientes com os mesmos recursos, isso é fruto de uma gestão eficiente.

Quando uma rede de transporte urbano cumpre seus horários e mantém rotas bem planejadas, há um administrador pensando na logística.

Quando um supermercado evita rupturas nas gôndolas e mantém preços competitivos, existe um trabalho de planejamento e gestão de estoque.

Até mesmo quando um clube de futebol consegue equilibrar suas finanças, atrair torcedores e manter a paixão das arquibancadas viva, há administradores atuando nos bastidores.

Em cada uma dessas situações, o cidadão comum talvez não veja o administrador, mas sente os efeitos concretos de sua atuação.

Vivemos um período em que a eficiência se tornou imperativo. O Brasil lida com altos custos de produção, burocracia excessiva e necessidade urgente de modernização em diferentes setores. Nesse cenário, o papel do administrador ganha ainda mais relevância. Ele é quem conecta estratégia e execução, equilibrando os interesses do mercado, da sociedade e das instituições.

No setor público, gestores qualificados são fundamentais para garantir o uso racional de recursos e a entrega de serviços de qualidade à população. No setor privado, são os administradores que ajudam empresas a inovar, competir em mercados globais e enfrentar crises. Já no terceiro setor, contribuem para que entidades sociais ampliem sua atuação e fortaleçam o impacto de suas causas.

O Dia do Administrador é também um momento de reflexão para a própria categoria. Nossa responsabilidade vai além dos muros das empresas: temos o compromisso de colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, eficiente e sustentável. A administração é uma ciência aplicada à vida, e sua prática responsável pode reduzir desigualdades, criar oportunidades e transformar realidades.

Valorizar o administrador é valorizar a eficiência, a inovação e a boa governança. Por isso, ter uma data dedicada à profissão significa reconhecer sua relevância e inspirar novas gerações a enxergar a administração não apenas como carreira, mas como missão.

À medida que o mundo se torna mais complexo, com transformações digitais, desafios ambientais e demandas sociais crescentes, o administrador será cada vez mais requisitado para encontrar soluções criativas, éticas e sustentáveis.

No dia 9 de setembro, celebramos, portanto, não apenas uma profissão, mas um compromisso com o presente e com o futuro. O administrador é aquele que organiza, equilibra e transforma, e sua presença está em cada conquista que vemos materializada no cotidiano da sociedade.

Adm. Jorge Avancini
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