27.01.22
SINDAERGS defende a valorização dos profissionais 50+
A manchete destaca o cenário gerado pela pandemia, que reforçou o movimento de etarismo no mercado de trabalho: milhares de cargos ocupados por profissionais experientes e com ampla formação acadêmica passaram a ser ocupados por profissionais mais jovens – e consequentemente menos custosos. Os dados divulgados pelo Novo Caged do Ministério do Trabalho e Previdência estampam a realidade das empresas no Brasil hoje: contratar pessoas mais jovens, com pouca experiência e menor qualificação. Com salários mais baixos e contratos mais curtos, as mais de 154 mil vagas formais, criadas no RS entre 2020 e o último trimestre de 2021, foram preenchidas por 88,4% dos jovens de até 29 anos. A partir disto, pode-se perceber que não há uma cultura de integração entre gerações dentro das empresas. O objetivo deveria ser a integração entre os diferentes perfis de profissionais e, por parte do governo e instituições, maior estímulo à recolocação e contratação dos seniors, usando estrategicamente sua forma intelectual e experiência. É notório a falta de oportunidades para os mais jovens e que também as empresas darão mais oportunidades, mas é preciso ter equilíbrio e entender que o mercado não se restringe aos mais jovens. Por isso, uma das bandeiras do SINDAERGS é justamente a valorização dos profissionais maduros. Com o aumento da expectativa e qualidade de vida, em termos gerais, não podemos mais aceitar a máxima de 30, 40 anos atrás, de que beirando os 50 anos o profissional passa a trabalhar somente pensando na aposentadoria. A economia do futuro é baseada nos maduros! A imagem da bengala, do cabelo preso ao coque, da pessoa reclusa em casa esperando a hora da morte já não faz mais sentido. O mundo amadureceu. E o Brasil também. O mercado precisa – urgentemente – enxergar isso e agir, afirma o Presidente Jorge Avancini.